quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Escola indígena

O CEFAPRO de Sinop realizou nos dias 22 a 27 de agosto acompanhamento na Escola Indígena Estadual Central Ikpeng Amuré no município de Feliz Natal – MT.
Através do acompanhamento in loco pode-se diagnosticar as reais necessidades formativas daquela comunidade indígena.
A escola apresenta vários desafios, entre eles estão, diversidades de etnias e falta de estrutura escolar, mas como o coordenador Korotowi e o diretor Klemer relataram, a constante busca de formação contribui para superar esses desafios. Como resultado dessa educação apresentam um grande número de alunos que concluíram o Ensino Fundamental e estão à espera do Ensino Médio.



Conhecer a realidade indígena foi muito significativo para estreitar laços e elaborar propostas de formação mais próxima da realidade  escolar. Mais fotos...


Parque Indígena Xingu

O “Almanaque Socioambiental Parque Indígena do Xingu 50 anos”, que está sendo lançado pelo ISA, celebra as cinco décadas de criação do local contando um pouco da história e da cultura das 16 etnias indígenas que habitam o parque.
O livro faz uma reflexão sobre o passado do Parque - localizado na região nordeste do Estado do Mato Grosso -, os impasses enfrentados no presente e os desafios para a sua sustentabilidade no futuro, abordando, também, a história e os hábitos culturais de cada uma das etnias que vivem no local. Confira o livro para Downloand...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

NO SENADO, CRISTOVAM BUARQUE DEFENDE A FEDERALIZAÇÃO DO ENSINO BÁSICO

18/8/2011 - Durante uma audiência pública realizada ontem (17/8) pela Comissão de Educação do Senado sobre os recursos financeiros destinados à educação nos anos de 2009 e 2010, o senador Cristovam Buarque voltou a defender a federalização da educação básica como forma de superar o “apagão” nesse nível de ensino.

A reunião, presidida pelo senador Paulo Bauer, contou com a presença do representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Thiago Mello Peixoto da Silveira; do representante da 6ª Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), Sérgio Ricardo de Mendonça Salustiano; e do Secretário de Macroavaliação Governamental do TCU, Marcelo Barros Gomes. Convidados, representante do Ministério da Educação e do Ministério da Fazenda compareceram à audiência. A representante da SBPC, Beatriz Bulhões Mossri, acompanhou o debate.

Pela proposta do senador Cristovam Buarque, os professores seriam contratados pela União, teriam plano de carreira e a estabilidade no emprego se daria pela competência. O IDEB (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) ficaria encarregado de avaliar o melhor método pedagógico.

A ideia é criar 200 mil em 20 anos, ante as 300 escolas federais públicas existentes hoje. Os professores receberiam R$ 9 mil de salário e trabalhariam em escolas novas, em período integral, com equipamentos modernos. Os que não estivessem inseridos no programa passariam a ganhar R$ 4 mil reais. No final, isso representaria 6,4% do PIB. Ele rebata as críticas de inconstitucionalidade e centralização, alegando que já existem diversas escolas federais com gestão local e modelo pedagógico independente.

O representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Thiago Mello Peixoto da Silveira, vê com ressalvas a proposta do senador em função do risco de centralização, e a acredita que o mais importante é rediscutir a participação dos entes federados no conjunto do financiamento da educação, especialmente da educação básica.

Segundo ele, estados e municípios ainda gastam mais e desproporcionalmente que a União na educação básica. Em 2009, a União gastou com educação R$ 36,7 bilhões, os estados e o Distrito Federal, R$ 74,4 bilhões e os municípios, R$ 70 bilhões. Em 2010, os gastos na área aumentaram um pouco. A união gastou R$ 48,5 bilhões, os estados e Distrito Federal, R$ 83,2 bilhões. Os números dos municípios para 2010 ainda não foram consolidados.

Em 2001, se gastou 4% do PIB com educação, porcentagem que subiu para 5% em 2009, o que representa 63% de incremento no período. Mesmo assim, esses valores ainda são insatisfatórios para promover as mudanças necessárias.

O perfil de gasto se assemelha com a de outros países desenvolvidos que também investem 5% do PIB em educação; no entanto, esses países têm o PIB muito maior que o brasileiro e o número de alunos no Brasil é muito maior, significando um investimento per capita mais baixo no Brasil.

Dos 5% do PIB brasileiro investidos na educação em 2009, 0,98% veio de recursos da União, 2,05% dos estados e Distrito Federal e 1,95% dos municípios. Ou seja, cerca de 80% da educação básica são financiados com recursos dos estados e municípios. A União financia cerca de 11% das despesas com a educação básica no Brasil. Só que quase 70% dos tributos do país quem arrecada é a União, portanto essa esfera do governo deveria ter uma contribuição maior. É uma distorção que precisa ser reconhecida.

O representante do Consed lembrou que os recursos que compõem o FUNDEB são provenientes em sua maior parte dos Municípios e Estados, não é recurso federal. O MEC repassa apenas alguma complementação para alguns estados – no máximo dez estados. Em 2010, os estados contribuíram com 69% dos recursos para o FUNDEB e os municípios com 31% dos recursos, e receberam respectivamente 47% e 53%.

Quanto ao Plano Nacional de Educação (PNE), que está atualmente tramitando na Câmara dos Deputados, ele comentou que há a previsão de aumentar o investimento de 5% para 7% do PIB brasileiro. A melhoria de remuneração dos profissionais deverá absorver cerca de 0,9% do PIB e que isso deverá elevar pelo menos 20% das despesas totais realizadas por estados, Distrito Federal e municípios.

Assim como Silveira, que concorda em parte com a proposta do senador Buarque, o representante da 6ª Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), Sérgio Ricardo de Mendonça Salustiano, tem dúvidas da capacidade de gestão, normatização e fiscalização do MEC sobre 200 mil escolas. Acredita também que a proposta vai contra a tese de descentralização e que embute a ideia de que a administração federal é mais eficiente das estaduais e municipais. Acredita que se o governo federal atuar de forma mais firme dentro de suas já estabelecidas competências poderia melhorar enormemente a qualidade da educação.

Auditorias do TCU – Em sua apresentação, Salustiano fez um balanço das auditorias realizadas pelo TCU na área de educação. Um dos programas auditados foi o Programa Universidade para Todos (ProUni) que contribuiu para o ingresso de, no máximo, 6,4% dos estudantes no ensino superior em cada processo seletivo. E ainda: apresentou uma evasão de 19,5% dos beneficiários. Já o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) não tem prioridade nos cursos no que dizem respeito à distribuição das bolsas. Além disso, houve acumulação de bolsa do ProUni em cursos de graduação em instituição pública gratuita ou bolsistas portadores de curso superior.

O secretário de Controle Externo do TCU disse ter encontrado uma série de irregularidades na aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) transferidos aos municípios nas fases de licitação, contratação, execução do objeto, na movimentação dos recursos, na prestação de contas, no controle social e na celebração de convênios.

Já na auditoria no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que teve o objetivo de monitorar as transferências a estados e municípios, foram identificados: crescimento destoante do índice de desenvolvimento da educação básica entre os anos de 2005 e 2007, inexistência de critérios para distribuição de recursos financeiros entre os diversos entes atendidos com transferências voluntárias oriundas do FNDE, no âmbito do PAR (Plano de Ações Articuladas/PDE); e falta de convergência entre a execução orçamentária e a execução financeira de maior parte das metas pactuadas em 2007 e 2008.

O TCU voltou a atacar as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e suas fundações de apoio, alegando que a contratação direta de fundações contraria as hipóteses de dispensa de licitação previstas no art.1º da Lei 8958/1994. Os mecanismos de transparência e de prestação de contas dos contratos/convênios firmados pelas IFES com suas fundações de apoio seriam, disse ele, frágeis ou inexistentes.

Portal da SBPC

Apresentação cultural fortalece espaço dos indígenas na Educação

Abertura dos trabalhos do Conselho Nacional de Secretário de Educação (Consed) na sexta-feira (26.08) se deu com a apresentação cultural do índio Márcio Bororo, presidente da academia dos Saberes Indígenas, em Cuiabá. Na oportunidade ele entoou um cântico de luto em virtude da morte de familiar na aldeia Meruri do povo Bororo  e iniciou um repertório de canções com temáticas indígenas.
A apresentação indígena foi destacada pela secretária de Estado de Educação, Rosa Neide Sandes de Almeida, como uma forma de mostrar a inserção dos povos indígenas nas diferentes práticas culturais do Estado e  ainda,  os avanços de Mato Grosso na educação dos povos indígena. “Mato Grosso tem hoje 42 etnias, mais de 15 mil alunos indígenas nas escolas das aldeias  inseridas na política educacional do Estado”.
A professora Rosa Neide ressaltou que nos últimos anos o Estado e os povos têm construído coletivamente e individualmente, com as diferentes etnias, a educação que eles querem e necessitam. “Temos hoje índios cursando a faculdade, especialização e mestrado. Eles se formam e volta para a aldeia onde repassam os conhecimentos aos mais novos”, relatou.
A fala da secretária de Mato Grosso levou o secretário de Educação da Paraíba, Afonso Scocuglia,  a parabenizar as ações do Estado e destacar que em  virtude dessas práticas exemplares, a Paraíba também criou uma coordenação de diversidades para trabalhar com as diferenças  apresentadas na sua região.
ROSELI RIECHELMANNAssessoria/Seduc-MT

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Mato Grosso do Sul pode ganhar rede de pesquisadores indígenas


24/07/2011 09h38 - Atualizado em 24/07/2011 09h38
Do G1 MS


Estado possui atualmente cerca de 600 índios em curso superior. Pesquisador diz universidades precisam adequar formação aos indígenas. Mato Grosso do Sul pode ganhar uma rede de pesquisadores indígenas. Segundo estimativa do Projeto Rede de Saberes, o estado possui atualmente 600 índios fazendo um curso superior e vem crescendo o número dos que estão cursando mestrado e até doutorado. Nesta sexta-feira (14), um grupo de 14 indígenas que já concluíram o mestrado, mestrandos e doutores participaram de uma reunião em Campo Grande para discutir a criação de um fórum ou uma rede de pesquisadores indígenas em Mato Grosso do Sul. De acordo com o doutor Antônio Brand, responsável pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas (Neppi), por muito tempo os saberes dos índios foram considerados sem importância pela academia. “A universidade precisa pensar em como oferecer formação mais adequada aos indígenas. A academia não deve tentar ‘engessá-los’ no modelo científico, mas ouvi-los e dialogar com eles”, explicou. Para o pós-doutor da etnia Terena, Rogério Ferreira da Silva, que participou da reunião, algumas universidades tiveram avanços significativos em certas áreas, no que se refere ao diálogo com os indígenas. “Isto ocorre graças aos projetos de grupos de professores, mas ainda é pouco. O que se precisa é de políticas públicas institucionais para que esses diálogos sejam parte componente das grades curriculares das áreas de saberes das universidades”, disse.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Secretária e equipe da Seduc se reúnem com Professores indígenas em Cuiabá


Representantes de professores de 12 etnias indígenas, acompanhados do presidente do Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena (CEI/MT), Filadelfo Oliveira Umutina, definiram com a secretária de Estado de Educação, Rosa Neide Sandes de Almeida, e representantes dos setores da Educação Indígena, Formação, Diversidades e Estrutura Escolar, encaminhamentos para melhorias no trabalho desenvolvido nas escolas das aldeias.
Entre as reivindicações apresentadas, duas ganharam destaque e foram comemoradas pelo grupo. A primeira delas se refere à criação de um grupo de trabalho para realizar um estudo de demanda de Concurso Público específico para professores Indígenas. Também ficou definida a escolha, por parte dos professores, Conselho de Educação Escolar Indígena e comunidades, de um professor indígena efetivo para compor o quadro da Superintendência de Formação da Seduc.
O profissional escolhido, assim com o coordenador da Educação Indígena, Félix Rondon Adugoenau, irá atuar como interlocutor das necessidades dos profissionais da educação escolar indígena, com foco na política de formação. Ele será o responsável pela  formação continuada junto aos Centros de Formação e Atualização de Professores (Cefapros) nos diferentes pólos do Estado.
Durante as três horas de reunião foi apresentada uma pauta extensa com quatro pontos prioritários. Os dois principais já apresentados e deliberados, e os demais como construção da rede física nas aldeias e Sistemas On Line (Diário de Classe e Prestação de Contas) foram esclarecidos pontualmente, conforme a situação de cada região.
“A Seduc irá realizar uma capacitação e treinamento para solucionar possíveis dificuldades com o Sistema”, destaca Rosa Neide. E ainda, quanto às obras, foi esclarecido que muitas já foram licitadas e estão em andamento. Outras, aguardam empresas interessadas em atender o serviço. “Essa é uma das razões que atrasam o início das construções. As empresas se recusam a pegar obras em áreas como Xingu e em outras que apresentam dificuldade de acesso”, conclui a secretária. E, em outras regiões contempladas com os projetos do MEC para construções, aguardam aprovação.
O presidente do CEI, concluiu agradecendo o atendimento e estendendo o convite a Seduc para a participação do encerramento do semestre do curso indígena intercultural, na sexta-feira (29/07), na Unemat de Barra do Bugres. “As reuniões entre os povos e a Seduc fortalecem a parceria e as conquistas por melhorias na Educação Indígena”, disse Filadelfo Umutina.
Participaram do encontro professores indígenas das etnias, Rikbaktsa, Umutina, Bororo, Kalapalo, Paresi, Xavante, Bakairi, Terena, Ikpeng, Suiyá, Trumai, Metuktire.